ORIENTAÇÕES GERAIS E PROCEDIMENTOS

Se as orientações aqui apresentadas forem bem observadas, as circunstâncias para análise serão mais favoráveis, haja vista que para um resultado ser preciso, não basta apenas que as técnicas sejam executadas corretamente, é necessário também que se receba uma amostra em boas condições.

Entende-se como amostra em boas condições aquela obtida em um ambiente favorável, na quantidade adequada, em recipiente apropriado, corretamente identificada, acondicionada e transportada.

Os procedimentos pré-analíticos tem como propósito, garantir a qualidade dos resultados e a satisfação de todos.

A amostragem é um procedimento definido, pelo qual uma parte de uma substância (água ou efluente) para produzir uma amostra representativa do todo para ensaio, seja de água mineral, água tratada, água subterrânea, água superficial, efluente doméstico ou efluente industrial.

O planejamento tem por objetivo definir as atividades de coleta, preservação, manuseio e transporte das amostras, de modo a assegurar a obtenção de todas as informações necessárias da forma mais precisa, com o menor custo possível. Esta fase deve definir em detalhes o programa de coleta de amostras, levando em consideração os métodos analíticos que serão aplicados, assim como prever os recursos humanos, materiais e financeiros necessários. Um bom planejamento deverá ser embasado em informações preliminares como: a cuidadosa determinação dos pontos de coleta e o estabelecimento de um itinerário racional, levando em conta a disponibilidade do laboratório para a execução das análises, frascos apropriados e prazos de validade e preservação das amostras.

O escopo dos ensaios a serem realizados na amostra deve ser pré-definidos antes da realização da amostragem para que sejam preparados os frascos adequados de acordo com o volume necessário para cada amostra (na maioria das amostragens, é utilizado mais de um tipo de frasco para amostragem, fique atento ao código de barra das etiquetas da embalagem).

Os materiais de coleta devem ser quimicamente inertes e permitir uma perfeita vedação, permitindo assim uma maior confiabilidade na amostra.

Modelos de Embalagens

Não tocar a parte interna dos frascos e do material de coleta (como tampas), nem os deixar expostos ao pó, fumaça e outras impurezas, tais como gasolina, oleo e fumaça de exaustão de veículos, que podem ser grandes fontes de contaminação de amostras. Cinzas e fumaça de cigarro podem contaminar fortemente as amostras com metais pesados e fosfatos, entre outras substâncias.

Deve-se também adotar o uso de EPI ’s (luvas, avental, máscara etc.) com vistas a proteção da amostra e do próprio coletor no caso de águas suspeitas de contaminação, recomenda-se aos coletores fazer a assepsia nas mãos com álcool 70°GL, não fumar, não falar ou comer durante o procedimento da coleta de amostras.

Os frascos de coleta devem permanecer abertos apenas o tempo necessário para o seu preenchimento e devem ser protegidos do sol.

Gostaríamos de chamar sua atenção para a importância de ter cuidado durante o processo de amostragem de seus produtos. É crucial evitar que os frascos transbordem durante esse procedimento, pois isso pode resultar em perda de preservativos e comprometer a qualidade e a eficácia do seu produto.

Quando os frascos transbordam, não apenas há uma perda física do produto, mas também pode haver uma diminuição na concentração dos preservativos presentes na fórmula. Isso pode levar a uma redução na capacidade do produto de manter sua integridade e segurança ao longo do tempo.

Para evitar essa situação, recomendamos seguir estas diretrizes durante o processo de amostragem:

  • Capacidade adequada dos frascos: Certifique-se de que os frascos utilizados tenham capacidade suficiente para conter o volume total do produto sem transbordar.
  • Controle de volume: Utilize métodos precisos de medição para garantir que a quantidade correta de produto seja transferida para cada frasco durante o processo de amostragem.
  • Manuseio cuidadoso: Manipule os frascos com cuidado durante o enchimento para evitar derramamentos e transbordamentos.
  • Uma maneira de fazer isso com precisão é utilizando um becker durante o processo de preenchimento. O becker oferece uma medida visual clara, permitindo que você controle a quantidade de líquido que está sendo transferida para o frasco de amostra.
  • Ao usar o becker, despeje o líquido cuidadosamente, prestando atenção para não exceder a capacidade do frasco. Se o líquido atingir o nível máximo do frasco, há um risco de transbordamento, o que pode resultar na perda de preservantes e na contaminação da amostra.

A identificação adequada dos frascos de coleta com etiquetas é crucial para garantir a rastreabilidade e a integridade das amostras. Cada frasco de coleta recebe uma identificação única, como um número e código de barras, que permite uma associação exclusiva com a amostra correspondente. As etiquetas contém informações essenciais como Proposta Comercial, o tipo de amostra a ser coletada, para os casos em que haverá diferentes tipos de amostras sendo coletadas, como água superficial e água subterrânea, efluente industrial, para que o responsável pela coleta possa claramente identificar o tipo de amostra que será coletada, consta também os ensaios a serem realizados e o setor responsável pela execução do serviço de análise.

As determinações de campo devem ser realizadas em recipientes separados daqueles que serão enviados ao laboratorio, evitando-se assim possíveis contaminações. Para a determinação do pH, cloro residual livre e total deve ser usado, de preferência, equipamento colorimétrico compatíveis com os estabelecidos na legislação de água para consumo.

A determinação da temperatura deve seguir o mesmo padrão, quando na falta de um termômetro digital portátil com certificado de calibração, poderá ser utilizado termômetro calibrado com escala entre 0°C e 50°C.

Além das determinações já citadas se possível podem ainda serem realizadas as análises de Turbidez, Condutividade, e, Oxigênio dissolvido.

A Ficha de Coleta é um processo de documentação da história cronológica da amostra, para garantir a idoneidade e o rastreamento delas. Isto dá a confiança de que a integridade de amostra não foi comprometida se as amostras são para fins legais ou se existe qualquer suspeita que as amostras possam ser adulteradas em qualquer etapa do processo (momento da coleta até a análise).

A Ficha de Coleta tem os campos para anotação das seguintes informações: autoridade solicitante, proposta comercial, autoridade solicitante, identificação do ponto de amostragem e sua localização, procedência da amostra (efluente, rio, lago), condições climáticas, parâmetros a serem analisados, nome do técnico que coletou, data e hora, nome do técnico que recebeu a amostra no laboratório, data e hora, e, espaço para anotar alterações sobre quaisquer ocorrências anormais relacionadas a amostragem.

A Ficha de Coleta deve acompanhar as amostras respectivas quando enviadas ao laboratório.

Todos os parâmetros analíticos têm um prazo de validade, devendo ser levados em consideração no planejamento da amostra, de forma assegurar que parâmetros de prazo de validade imediato, como cloro residual, pH, temperatura, por exemplo, sejam analisados em campo e para evitar que amostras cheguem as instalações permanentes com o prazo vencido. Deve-se levar em consideração a logística de transporte no planejamento.

As amostras devem ser mantidas entre 4°C±2°C para preservar suas características físicas, químicas e biológicas. Amostras microbiológicas devem ser refrigeradas em até 6°C.

Lembre-se: o gelo não deve entrar em contato com as amostras.

Após a coleta das amostras, elas devem ser perfeitamente acondicionadas, para evitar quebras e contaminação, e transportadas ao laboratório, no tempo necessário para que sua análise ocorra dentro do prazo de validade da preservação.

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